sábado, 9 de março de 2013

Reportagem sobre os evangélicos

Pessoal segue abaixo um artigo sobre o assunto envolvimento pessoal. Saiu no Estadão e acho que vale a pena ler a notícia e pensar: como está o envolvimento dos evangélicos com a igreja? Que relação com o prazer temos tido em confronto com o "... embora sendo Deus não julgar que o ser igual a Deus era algo que devia apegar-se". O que vocês acham?

=========== Artigo Estadão ==========

São Paulo viu pulverização evangélica na última década, mostra Censo 2010

Quantidade de fiéis que frequentam templos menores cresceu 62% e evangélicos sem laços com igreja quadruplicou

07 de julho de 2012 | 20h 40Notícia  A+ A-Assine a NewsletterAmanda Rossi - O Estado de S. PauloSÃO PAULO - A cidade de São Paulo viveu uma pulverização evangélica sem precedentes na última década. Segundo novos dados do Censo, o número de evangélicos sem laços com uma igreja determinada aumentou mais de quatro vezes entre 2000 e 2010, enquanto a quantidade de fiéis que frequentam templos menores cresceu 62% nesse período. Juntos, esses dois grupos foram responsáveis por 96% do crescimento do rebanho evangélico da capital em uma década, de 825 mil fiéis.Os evangélicos não determinados englobam tipos diferentes. Entram na conta os que se dizem apenas evangélicos, sem especificar a igreja ou a corrente, os que frequentam cultos diferentes e os que fazem parte de pequenas igrejas não pentecostais. Em São Paulo, o crescimento dos evangélicos não determinados foi tão grande que eles hoje representam a terceira maior corrente religiosa da cidade – perdem para os católicos e os sem religião, mas ultrapassaram a Assembleia de Deus, denominação evangélica que tem o terceiro maior rebanho do País.Já a corrente dispersa formada por pessoas que frequentam templos pentecostais ou neopentecostais menores deixou para trás, em uma década, dois gigantes do pentecostalismo evangélico – a Igreja Universal do Reino de Deus e a Congregação Cristã no Brasil, que perderam fiéis.Segundo o antropólogo Ronaldo de Almeida, da Unicamp e do Cebrap, o novo mapa da configuração evangélica da capital paulista é fruto da especialização. "Há uma diversificação e uma maior infidelidade a uma instituição específica. O sujeito ainda se identifica principalmente como evangélico, mas hoje ele molda sua experiência religiosa. Quando quer ouvir um louvor com mais música, vai a uma igreja, quando quer cura, vai a outra, quando busca mensagem espiritual mais forte, busca outras."A antropóloga Diana Nogueira, da Universidade Estadual do Rio de Janeiro, faz um paralelo com pessoas que querem perder peso e vão migrando de médico em médico. "A religião fortalece e ajuda as pessoas, mas não resolve muitos dos desafios que uma vida de periferia urbana lhes impõe. Com isso, algumas dessas pessoas vão de igreja em igreja, buscando soluções", diz Diana.Além da busca diversificada, há o surgimento de igrejas voltadas a nichos específicos, como a Crash Church Underground Ministry – que atrai roqueiros adeptos do thrash metal em seu templo no Ipiranga –, ou a Igreja da Comunidade Metropolitana, em Santa Cecília, voltada para o público homossexual."O crescimento das igrejas evangélicas menores é muito visível. São as chamadas comunidades. Seus fundadores são pastores que já pertenceram a igrejas evangélicas maiores", diz o vereador evangélico Carlos Apolinário (DEM).Levantamento feito em 2008 pela equipe de Apolinário enumerou mais de 18 mil templos evangélicos em São Paulo, a maioria na zonas leste e sul. Ele estima que outras 2 mil tenham sido criadas desde então. Para se ter uma ideia, o total de paróquias católicas não chega a 500 na capital paulista.Outros dados do Censo chamaram a atenção. A Assembleia de Deus teve um aumento de fiéis de 36% – menor que o da média nacional (46%. Já os evangélicos de missão – grupo que inclui batistas, luteranos, presbiterianos, metodistas e adventistas – tiveram uma queda de 13% em São Paulo e aumento de 11% no País.Entre as pentecostais, o destaque vai para a perda acentuada de fiéis em São Paulo da Congregação Cristã (27%) e da Igreja Universal (37%), enquanto no País o rebanho de cada uma encolheu 10%. / COLABOROU BRUNO PAES MANSO  

3 comentários:

  1. Entre os diversos fatores que influenciam esses dados, gostaria de fazer três observações:
    1) As igrejas colossais sem trabalhos que visem a integração dos membros, as "famosas células" ou "PGs", em pouco tempo sentem a falta de fidelidade e rotatividade dos fiéis.
    2) É fato que muitas pessoas, principalmente as novas na fé, buscam uma igreja onde se sintam "inteiramente bem", digo que não precisem deixar de se vestir da maneira "x" para não escandalizar a velha-guarda, entre outros exemplos.
    3) Os fiéis não são mais tão ingênuos e agora adequam a igreja a sua necessidade imediata, por isso são frequentes em 2-3 igrejas durante o mês(bucando cura, orações, um grupo de amigos legal e etc).

    ResponderExcluir
  2. Eu já tinha lido ou escutado algo a respeito. Realmente as pessoas buscam igrejas onde se sintam bem, o conceito do que é a igreja, e de qual a real importância dela na vida das pessoas, mudou bastante nos últimos tempos, as pessoas tem buscado satisfação de algumas "necessidades" e quando não encontram nesta determinada igreja, migram a outra ou simplesmente acham outro meio de satisfaze-la.
    Quando já são membros a algum tempo e passam a encontrar dificuldade de relacionamento na igreja, e as vezes, por não possuir envolvimento pessoal, pelas motivações corretas na igreja, acabam apenas desistindo e procurando um outro lugar.
    Acho que as pessoas estão buscando cada vez menos envolvimento pessoal nas igrejas, daí o surgimento desses grupos em formato de "células" e "PGs", algo que aparentemente não requer muito envolvimento e a pessoa se sente livre para r vir quando bem entender.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. o.O' Discordo da Sarah, o uso em maior escala, digo na maioria das denominações, dessas reuniões mais intimistas que antigamente chamávamos de "encontro nos lares" e hoje são os "pequenos grupos" e "células" requerem muita mais envolvimento pessoal dos membros, do que ser um frequentador duma comunidade com 2000 membros, onde não exerço tarefa nenhuma para cooperar.
      Num grupo menor a tendência é que laços mais fortes sejam criados através do compartilhar das vidas ali.

      Excluir